O objetivo é alertar a sociedade e angariar fundos para combater a difícil situação que também atinge a Bahia. O evento acontece às 18h, na Concha Acústica de salvador. O ingresso pode ser trocado por 2 quilos de Alimentos ou a compra de 02 vales Alimentos no valor de R$ 2.
Desde 2003, a Ação da Cidadania Salvador vem realizando eventos em comemoração a essa data, com objetivo de mobilizar a população baiana a lutar contra a fome.
"A música eleva os sentimentos mais profundos do ser humano. Não é necessário gostarmos de todos os estilos, porém conhecê-los".
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Show beneficente na Concha
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Capital Inicial - Primeiros Erros 27/09
Capital Inicial estremeceu a Praça Castro Alves em Salvador. Não podia deixar de mostrar um trecho desse vídeo gravado por minha amiga Carol.
Não tentem enxergar nada, só veja e ouça. rs
domingo, 27 de setembro de 2009
Novos rumos culturais em Salvador
Nos dias 26 e 27/09 na Concha Acústica e Praça Castro Alves respectivamente na capital baiana, uma verdadeira mistura de ritmos fez a cabeça dos soteropolitanos e daqueles que vieram prestigiar um som inesquecível e contagiante. Iniciado pela ordem do dia a cantora Céu introduziu e, com a sua salada rítmica, protagonizou o que viria a ser no dia seguinte: Capital Inicial, Pepeu Gomes e Ilê Ayê.
A cidade de Salvador nestes últimos dias mostrou que não é apenas a cidade do axé, mas que consegue conjuminar de outros estilos musicais em seu seio, a mostra disso foi o absurdo da beleza e supra-simpatia da cantora paulista Céu, sem falar que num único show em menos de duas horas e num balaio musical, ouviu-se: guitarra, sintetizador pandeiro, acordeom, contra baixo e picape. A sua doce voz ecoa em meus ouvidos até agora. Só por ai já dar pra perceber o que foi a junção do dia seguinte.
Imagine duas feras da guitarra, numa mesma banda. Pra quem conhece o histórico de Pepeu Gomes e sua agilidade com as cordas, não poderia perder o acréscimo de Davi Moraes (filho de Moraes Moreira).
Se você pensa que isso é demasia, abstraia: “brasileirinho” tocado nos tambores dos meninos do Ilê Ayê, que merecem destaque, e na guitarra de Pepeu.
Finalizando este fim de semana surpreendente a banda de Brasília fechou com o brilho que Salvador merece, Capital Inicial fez todo mundo sair do chão numa verdadeira onda de pacíficos, loucos e sensatos pela liberdade cultural do povo brasileiro. E como disse Dinho Ouro Preto, vocalista do capital, foi do “CARALHO”.
Por fim, além do momento artístico vivido por todos os que estavam lá, estes também presenciaram alegria e a paz produzida pela união de vários gêneros da arte musical brasileira, que deve ser tomado como exemplo para outras regiões do nosso país.
Porém, um alerta:
Não podemos esquecer as pessoas que iniciaram a liberdade cultural do povo da Bahia, estas são como Castro Alves, poeta dos escravos, e o pai do rock brasileiro Raul Seixas, ambos baianos. (eu gritei: TOCA RAUUUL!!!) rs...
GERSON NUNES
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Memorial Virtual Frei Tito
Cearense, filho, irmão, frade, ativista, preso político, torturado, exilado, mártir... Conhecer a história de Frei Tito é fundamental para entender as lutas políticas e sociais travadas nos últimos 40 anos contra a tirania de regimes ditatoriais.
Neste hotsite colocamos à disposição documentos, fotos, testemunhos, textos e outras informações sobre a vida de Tito de Alencar Lima, frade dominicano que colaborou com a luta armada durante a ditadura militar no Brasil.
Este memorial é uma iniciativa da ADITAL (Agência de Informação Frei Tito para a América Latina) que desde 2001 divulga pela internet a agenda social da América Latina e do Caribe. Ao escolher Frei Tito para nomear esta agência, quisemos homenagear também todos aqueles que defenderam a liberdade, a dignidade humana e a vida — ainda que fosse necessário sacrificar suas próprias vidas para alcançar esse fim. Agora, com este hotsite, queremos mostrar que as lutas de frei Tito estão tão vivas quanto na época em que viveu. E ser indiferente é uma opção não mais possível.
Agradecemos a família de Frei Tito, os frades dominicanos, os pesquisadores e todos aqueles que colaboraram para que este memorial se tornasse realidade.
Dados biográficos
Nasceu em Fortaleza (CE), dia 14 de setembro de 1945. Filho de Ildefonso Rodrigues Lima e Laura Alencar Lima. Estudou no Colégio Estadual do Ceará (Liceu do Ceará). Participou da Juventude Estudantil Católica (JEC), ala jovem da Ação Católica. Em 1963, eleito dirigente regional da JEC (Maranhão a Bahia), com sede em Recife (PE). Em 1964, participou das primeiras reuniões e das manifestações estudantis contra a ditadura militar. No início de 1966, ingressou no noviciado dos dominicanos, em Belo Horizonte (MG). Em 10 de fevereiro de 1967, fez a profissão simples dos votos e foi residir no Convento das Perdizes para estudar Filosofia na Universidade de São Paulo (USP).
1968/1974
Em 1968, foi preso durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna (SP), com todos os congressistas. Em novembro de 1969, foi preso novamente, com Frei Betto e outros religiosos. Torturado ininterruptamente durante três dias pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, chefe do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Em dezembro de 1970, incluído entre os prisioneiros políticos trocados pelo embaixador suíço, Giovani Enrico Bücker, sequestrado pelo comando da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Em 1971, foi para Roma, Itália, e, em seguida, para Paris, França, onde foi acolhido no convento Saint Jacques.
Em 10 de Agosto de 1974, foi encontrado morto em área do Convento de Lyon. Somente em março de 1983, com a abertura política, seus restos mortais retornaram ao Brasil. Acolhidos em solene liturgia na Catedral da Sé, em São Paulo, encontram-se hoje enterrados no cemitério São João Batista, em Fortaleza.
Visite você também o Memorial Virtual Frei Tito:
http://www.adital.org.br/freitito/por/index.html
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Capital Inicial e Pepeu Gomes em Salvador
Evento: Credicard Ao Vivo
Data: 27/9/2009
Local: Praça Castro Alves
Endereço: Av. Sete de setembro
Horário: 18h
Valor: Entrada Franca
Deixe sempre um comentário.
Legião Urbana volta aos palcos em Brasília
O que se seguiu foi a apresentação da atração surpresa do tradicional festival da capital federal, que era mesmo a mais famosa banda da cidade. Treze anos após a morte de Renato Russo, o retorno aos palcos de Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos emocionou fãs de todas as idades, que choraram e cantaram do início ao fim as oito músicas do show.
Escolher um nome para ocupar o lugar de Renato Russo seria impossível – o microfone com a rosa branca esteve vago o tempo todo, como prova de que aquele lugar não teria um substituto oficial. Por isso, os outros dois integrantes da Legião Urbana convidaram artistas de Brasília e do Uruguai para cumprir a tarefa de interpretar as tão conhecidas letras.
O primeiro a subir no palco foi André Gonzales, do Móveis Coloniais de Acaju, que cantou "Tempo Perdido". “Não foi nada planejado há muito tempo. Recebi o convite na quarta-feira passada (16). Na sexta estava no Rio para ensaiar. Chegamos ontem e hoje já nos apresentamos. No início fiquei nervoso, porque sei que a Legião representa muito para o público da capital”, contou Gonzales.
Os amigos uruguaios Juan Casanova e Sebastián Teysera não poderiam ficar de fora da apresentação. Afinal, essa história de ter Dado e Bonfá de volta aos palcos brasileiros surgiu depois que a dupla foi convidada a participar de uma homenagem à Legião na capital uruguaia, no final do ano passado. “O mais incrível é que só havíamos tocado uma vez no Uruguai. A homenagem que eles fizeram foi uma surpresa muito grande”, revelou Dado.
Toni Platão, ex-Hojerizah, conduziu o público pelos versos de "Eu Sei". E Felipe Seabra, que havia se apresentado horas antes com a sua Plebe Rude, cantou "Geração Coca-Cola". Com espaço de sobra para o saudosismo, Felipe falou da primeira apresentação da Legião Urbana, que aconteceu no começo da década de 80, em Patos de Minas (MG), onde também estava a Plebe. Tanta subversão junta, lembrou, só poderia ter terminado na delegacia, com todo mundo preso. Quem também voltou ao palco para prestigiar o momento tão especial foi o Paralamas do Sucesso, com "Ainda é Cedo".
“Voltar a Brasília numa situação como essa tem uma carga emocional muito grande”, disse Dado Villa-Lobos no fim do show. “Tivemos uma resposta muito forte do público”, completou Marcelo Bonfá, que quando começou a idealizar a apresentação, achou que poderia ser vaiado. Será que tanto sucesso e satisfação não seriam um estímulo para a volta definitiva da Legião Urbana?
Fonte: iG Música
Capa de novo disco do Pearl Jam brinca com os fãs
Com nove imagens produzidas pelo desenhista, a capa foi pouco a pouco mostrada através de uma caça ao tesouro produzida pela própria banda. As nove peças foram "escondidas" em sites e blogs musicais.
A produção do novo álbum ficou sob cargo de Brendan OBrien, que trabalhou com o Pearl Jam nos álbuns Yield, Vs. e recentemente na remasterização do disco de estreia Ten.
Umas das músicas de Backspacer (The Fixer) pode ser conferida no myspace oficial do grupo. Para muitos fãs o single é um retorno às origens do grupo. No momento o Pearl Jam segue em turnê pelos EUA e não há, até agora, previsão de shows em outros continentes.
Por André de Sant´Anna
Céu descerá em Salvador neste fim de semana
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Brasilíngua Por (Tu) Guesa(1979)
Laço em laço: enlace-me:
Pindoramafra: luzilázia…
A língua de Juca Pyrama:
Zumbi(u) Camoniânima
Luxafra - brasilíndia tupiguarânia
Morenua Rósea Sertântrica…
Floresce(u) Latim por tintim:
Romamor Romãe: proema
D África: Axé-Nagogô
Brasilis-flor naturativa
Antropofálica Mistura:
Frevo-fervor: Línguímã: Nheengatu…
Por tu Guesa:faço-me errantente
Trovejo-me silen cio nuniversom
Relambeijo a Língua-gen
Dos Grãs Sertons:
Lusíadas…Veredas…
BrasiLíngua! Por(tu)Guesa:
Lusídica rosa personalizada…
Experimentalizo la langue
Nas ancas filo-lógicas do verso…
Contra.passo-lhe numbigo:
Bahianauta barrococó Gregórion
Riobaldorim Casmurro Borba
Policarpideiro Caminha Drummond
Matias, Aires, Bernardim, Vieira…
Machado! Motor-serra textual
Álvaro Ricardo Alberto
Pessoa metalingual:
Santa Cecília cancioneira…
Murilo, Jorges, Sousândrade
Andrades, Campos, Bandeiras…
Serafim Ponte
Grande Mira o Mar
Bossa Nova: Tropicália…
Cobra Cabral Macunaíma…
Lima Barretom Jobim…
Rosa de Hiroshima.
Rosa das Minas:
Guímã-Rosa do Povo:
Embaixador do Ser-Tao…
Gustavo Dourado. Poeta e cordelista. Letras (UnB).
Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas.
Autor de doze livros. Premiado na Áustria. Selecionado pela Unesco.
Tema de teses de mestrado e doutorado. www.gustavodourado.com.br
http://cordel.zip.net
http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca1/gustavodourado.htm
E-mail: gustavodourado@yahoo.com.br
sábado, 22 de agosto de 2009
A gota d’água
Desse universo assim misterioso
E que transtorna a cada fila única
E que machuca a cada aprendizado
Esse momento que é tão generoso
Meu pai diria que é tão proveitoso
Sou eu que vejo as coisas muito tortas
Naquela rua que estão todas mortas
Estou aqui na raiz do meu berço
Outra realidade que conheço
Quase parando para um recomeço
Talvez não tenha, talvez no momento
Somos os filhos dessa gota d’água
Que transformou-se assim numa lagoa
Se a vaidade bebe desta água
E te convida pra ser um à toa
Como é que faço pra sangrar meu pulso
Por essa gente que não se balança
Como é que chora por uma mudança
Se entrelaçada vive bem em silêncio
Mais um segundo nesta área vesga
Sinto um profundo nojo de cinismo
Numa das caras dessa nova chapa
Que emplaca agora toda essa tristeza
Não ando noutra margem desse espaço
Que todo dia espero que amanheça
Vou esperando assim o meu salário
Se eu reclamar, talvez já me esqueçam
Esse mundinho cada vez mais pobre
Não fala nada é tão acomodado
E se pobre saber de outra coisa
Esse é o pobre que come calado
Esta é mais uma obra de João Herbert.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Já passou
Acorda, meu bem
Sabia que já deu
O fim já passou e a nossa vida se esclareceu
Diante da eternidade
Sem um mais ou menos dos momentos cordiais.
Lembra da nossa perspicácia,
Como muda, não
Nem notei
Já passou...
Muito bem
Agora estamos à mercê da estupidez
Compreender quantos quais e porques de tantos
É mortificar o nosso cinismo
Tanta euforia
Em vez de reverter às legítimas correntes conflitantes
Mudar algo é muito pouco
Faça-o sem cortejos quaisquer.
Se quiser me acordar sem efeito
Leve-me sua fragilidade
O que me consta que você não vai adotar,
Então me deixa solta
Que na hora de rir eu improviso como sei.
João Herbert
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Arlindo dos Oito Baixos
É um dos grandes sanfoneiros nordestinos, natural de Tabira,
Com muita estrada percorrida já há mais de 40 anos.
Mesmo com mais de 60 anos e sofrendo grave problema de deficiência visual, ainda continua sendo danado de bom na arte que faz, levando seu forró pé-de-serra e sua habilidade como instrumentista para o público amante desse gênero musical sertanejo nordestino. Isso, sem falar em suas outras atividades paralelas de consertador e afinador de sanfona o que não o impede de estar sempre presente nos circuitos do forró sertanejo, gravando novos CDs, e sair por aí cantando velhos sucessos de companheiros como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro além de ir divulgando nos shows novas músicas do seu vasto repertório.
Ao longo de sua carreira tem nove discos gravados e no ano de 2004 lançou o décimo, intitulado Dançando na Chuva.
Feliz São João! Aproveite bem essa grandiosa festa do nosso Nordeste.
Patativa do Assaré - Ave Poesia
O diretor Rosemberg Cariry apresenta a vida e obra do poeta Patativa do Assaré.
Ficha Técnica
Título Original: Patativa do Assaré - Ave Poesia
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 84 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2009
Estúdio: Cariri Filmes / Iluminura Filmes
Distribuição:
Direção: Rosemberg Cariry
Roteiro: Rosemberg Cariry
Produção: Petrus Cariry e Teta Maia
Música: Patativa do Assaré, Fagner, Fausto Nilo, Mário Mesquita, Ricardo Bezerra, Pingo de Fortaleza e irmãos Aniceto
Fotografia: Jackson Bantim, Ronaldo Nunes, Beto Bola, Kin, Rivelino Mourão, Luiz Carlos Salatiel e Fernando Garcia
Edição: Rosemberg Cariry
Sinopse
Relato da vida e obra do admirável poeta Patativa do Assaré que se vivo completaria este ano (2009), 100 anos. O filme revela o sentido exato da sua poesia, seu posicionamento político, sua maneira de agir no cotidiano vivenciado sem ostentação, apesar de ser admirado pelo povo e as mais altas representações da intelectualidade nacional e internacional em decorrência da sua imensa contribuição à cultura brasileira.
Pôsters
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Imagens
- Clique nas imagens para vê-las ampliadas em uma nova janela.
Premiações
- Ganhou o prêmio de Melhor Filme, no Cine Ceará.
Curiosidades
- Em 2001 Patativa do Assaré foi eleito como um dos mais importantes cearenses do século XX.
- Foram coletadas mais de 100 horas de material em estado bruto, ao longo de 27 anos. Este material foi obtido pelo diretor Rosemberg Cariry.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Sinais de um vazio
Fiquei comovido com a tão desgastante e sofrida forma que foi aquela morte.
Um sentimento que consome, ou que se some
Um risco que rasga profundo
Como de uma tristeza, a pior tragédia (o fim do mundo)
Algo que a levou
Bem longe, mas bem longe,
Distante daqui
Por algum motivo
Que ainda não sei
Mas tiraram-te de mim
Quero viver
Apalpar tudo que você deixou
Tem algo a pairar
Que eu ainda não entendo...
Mas sei que deixou bons legados e muitas saudades
Pra sempre estaremos num só destino.
Em casa
Ao olhar pros lados procurando você
Encontro sinais de um vazio,
Em tudo vejo você,
Seus gestos, nosso jeito,
Nossa vida.
Apertos sinceros da minha certeza
O que fazer quando precisar de ti
Chorar, chorar, chorar, sei lá
Sei que não resolve nada, porém alivia a dor
Mas nada também é vazio
Que sinto sem você.
A razão pela qual estou aqui, partiu!
Me deixou muito dorida, mas não teve escolha
Estará pra sempre comigo... até um dia Mãe!!!
João Herbert
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Cordel
(...) A beleza e o amor
têm poder absoluto,
na terra todo mortal
cada qual rende o seu
culto
pagando a estes dois
Deuses,
um verdadeiro tributo
Mas às vezes a beleza
sem sua soberania,
perde ante a inteligência
a sua supremacia:
fica o amor vacilando
nesta tremenda porfia (...)
____________________
Amor de uma estudante ou
O poder da inteligência.
João Martins de Ataíde
Cordel - Literatura Popular em Verso - http://www.casaruibarbosa.gov.br
terça-feira, 2 de junho de 2009
HELENA MEIRELLES
Nasceu numa fazenda no pantanal do Mato Grosso do Sul e cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros. Fascinada pelas violas caipiras, a família não permitia que aprendesse a tocar, o que acabou fazendo por conta própria, às escondidas. Aos poucos ficou conhecida entre os boiadeiros da região. Casou-se por imposição dos pais aos 17 anos, abandonando o marido pouco tempo depois para juntar-se a um paraguaio que tocava violão e violino. Separou-se novamente e, resolvida a tocar viola em bares e farras, deixou os filhos dos dois casamentos com pais adotivos e ganhou a estrada até encontrar o terceiro marido, com quem está junto há mais de 35 anos. Depois de desaparecer por mais de 30 anos, foi encontrada bastante doente por uma irmã, que a levou para São Paulo, onde foi "descoberta pela mídia" a partir de uma matéria elogios a na revista norte-americana "Guitar Player". Apresentou-se em um teatro pela primeira vez aos 67 anos, e gravou discos em seguida. Foi escolhida em 1993 pela Guitar Player como uma das "100 melhores instrumentistas do mundo" por sua atuação nas violas de 6, 8, 10 e 12 cordas.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
História do Cordel
Material de autoria do parceiro e Violeiro Fábio Sombra. Publicado originalmente no folheto “Proseando Sobre Cordel”.
A Origem nas Feiras Medievais
Nossa viagem em busca das origens do cordel começa na Europa, na Idade Média, num tempo em que não existia televisão, cinema e teatro para divertir o povo. A imprensa ainda não tinha sido inventada e pouquíssima gente sabia ler e escrever. Os livros eram raríssimos e caros, pois tinham de ser copiados a mão, um a um. Então, como as pessoas faziam para conhecer novas histórias?
Pois bem, mesmo nos pequenos vilarejos existia um dia da semana que era especial: o dia da feira. Nessas ocasiões, um grande número de pessoas se dirigia à cidade, e ali os camponeses vendiam seus produtos, os comerciantes ofereciam suas mercadorias e artistas se apresentavam para a multidão.
Um tipo de artista muito querido por todos era o trovador ou menestrel. Os trovadores paravam num canto da praça e, acompanhados por um alaúde (um parente antigo dos violões e violas que conhecemos hoje), começavam a contar histórias de todo tipo: de aventuras, romance de paixões e lendas de reis valentes, como o Rei Carlos Magno e seus doze cavaleiros.
Para guardar tantas histórias na cabeça, os trovadores passaram a contar suas histórias em versos. Dessa forma as rimas iam ajudando o artista a se lembrar dos versos seguintes, até chegar o fim da história.
Ao final da apresentação, o povo jogava moeda dentro do estojo do alaúde. O trovador, satisfeito, agradecia e partia em direção a próxima feira.